Poema Pra Você Ficar
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01 agosto 2007

MELLOVIA

Quando passo a Mellovia*,
meus olhos

Se enchem de dor.
Viver
E não sair do papel.
Querer ser tua noite,
O teu último acrobata.
Penetrar no teu ventre, como
Um artista
Niilista que quer
A perfeição
Das formas.
O árido prazer de ficar
Proscrito
De tua sedução, eu não
Suportarei
Viver tão só.
Viver
E não sair do papel.
Quando alguém bate à porta,
Meus olhos
Se enchem de dor.
Viver
E não sair
Do papel.
Eu juro
Que te vi aqui.
Mas foi... bobagem... um sonho
Que eu
Sabotei...
Quando desço a Mellovia,
Parece uma canção
Me toca,
meus olhos
Se enchem de dor.
Viver
E não sair do papel...



(* Mellovia: corruptela atribuída por mim  ao nome da Rua Mello Viana, em São Lourenço-MG)

DE TEU BEIJO AZUL

Bruna perdeu o seu brinco na areia,
E entre o seu riso fazer festa
E eu pensar em nada,
A cadência das ondas...
Bruna perdeu os seus olhos que incendiavam
Provavelmente
Meu coração,
Na areia...
E os muitos diamantes na praia salpicados
São formas imprecisas de seu beijo azul.
Adeus, meu poema, Bruna, pétala, cetim!
Pra mim,
Então que te perscruto no brinco que perdeste
Entre conchas marinhas de sunset beach,
Nem encontro teus olhos tristes
Distribuindo formas
De teu beijo azul pra mim.